Já Garantido R$1,3 Milhão para Obra do Museu

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A Secretaria Municipal de Infraestrutura iniciou na manhã desta quarta-feira as providências para evitar novo desmoronamento da cimalha da fachada principal do prédio do Museu de Vigia, afetada por uma planta daninha. A planta indesejada já havia sido podada, meses atrás, mas o caule e o enraizamento ainda persistiam incrustados no prédio, agravando o estado da alvenaria.
A danificação da cimalha – elemento decorativo de prédios coloniais – não afeta a segurança do prédio. “Mas se decidiu adotar medidas para conter o agravamento do problema e evitar transtornos que as chuvas podem provocar” – informa o Secretário de infraestrutura e Urbanismo, Saulo Lima Barbosa.

CONVÊNIO COM O ESTADO

O Museu está fechado desde 2016. A reforma é um compromisso primordial do prefeito Job Xavier Palheta Júnior na área da Cultura. Reiterando o comunicado publicado na manhã de hoje nas redes sociais, ele informa que está em andamento, no âmbito da Secretaria de Estado de Turismo, mediante convênio com o município, o processo da contratação da reforma.
“Trata-se de um projeto cuidadoso considerando-se ser um prédio do século XIX; e será uma obra ainda mais cuidadosa, para que se faça um serviço com qualidade e duradoura. Vamos devolver um prédio reformado e um novo museu ” – disse o prefeito.
Duas etapas do projeto já foram autorizadas pelo prefeito: tratam-se das redes elétrica e de lógica, e o das fundações da fachada posterior, que contemplará solução adequada à contenção da inclinação da parede, prejudicada por infiltrações. Os dois projetos ficarão prontos em cerca três semanas.

NOVOS ESPAÇOS

O projeto arquitetônico, que concebe uma nova utilização do prédio, ampliando o espaço útil; o porão do salão posterior será aproveitado e permitirá a implantação de um mezanino; a área livre ganhará um pequeno palco e será transformada em espaço de convivência cultural.
O projeto foi elaborado por um dos mais qualificados escritórios de Belém, chefiado pelo arquiteto Aurélio Meira, que assina vários projetos de restauro de prédios históricos de Belém, incluindo o Feliz Lusitânia e a Estação das Docas, entre outros.

SERVIÇOS SEM EFEITO

O Museu foi instalado em 2004 pela prefeitura num prédio construído em meados da segunda metade do século XIX. Foi fechado em 2016, quando já estava com muitas avarias, principalmente infiltrações provocadas pelo prédio comercial construído geminado ao edifício histórico – obra visivelmente irregular, porém autorizada pelo governo municipal da época.
Serviços contratados entre 2020 e 2021 não surtiram nenhum efeito, embora tenham sido pagas as medições de serviços do telhado, alvenaria e pintura. O prédio tem vários pontos de atenção, desde as fundações até o telhado; as esquadrias, portas e janelas estão avariadas gravemente; os banheiros foram desinstalados e a reforma ficou inacabada. Essas obras foram feitas sem que o acervo fosse removido quase tudo das exposições se perdeu.

RECURSOS GARANTIDOS

Para reformar o prédio e reimplantar as galerias do museu, a prefeitura assinou, em meados de novembro passado, com a Secretaria de Estado de Turismo, um Termo de Cooperação que abriga, entre outras iniciativas na área do turismo, a obra do Museu. Está orçada em cerca de 1,3 milhão de reais. No início de dezembro, deu entrada no Orçamento do Estado uma emenda Parlamentar do Senador Paulo Rocha, no valor de R$ 500 mil, que se somará a uma contrapartida do município, no valor de R$ 300.000,00. O orçamento será complementado com mais duas emendas parlamentares: uma do deputado federal Joaquim Passarinho, no valor de R$300.000,00, e outra do Deputado Estadual Victor Dias, no valor de R$200.000,00.
O Termo de Referência do Edital de licitação da obra está sendo elaborado pela Secretaria de Estado de Turismo. E a Secretaria Municipal de Cultura mantém parceira com Secretaria de Estado de Cultura para a elaboração do projeto do museu.

MEDIDAS DE SEGURANÇA

A deterioração da cimalha da fachada frontal do prédio foi provocada pelos efeitos de uma planta daninha que há anos crescia no ângulo da fachada com a parede lateral direita. A planta foi destruída, mas ficaram a sequelas na alvenaria, prejudicando o detalhe decorativo da fachada. O problema, entretanto, não afeta a estrutura do prédio. A danificação será corrigida com a obra de reforma.
A intervenção de emergência no prédio é para conter os pontos de deterioração e evitar acidentes. A cimalha será escorada; o escoramento da fachada posterior será reforçado; parte da rua foi isolada para evitar o tráfego de carros e de pessoas mais próximo do prédio.

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